Nessa quinta-feira (13), a Liga do Bem, grupo de voluntários do Senado Federal, enviou nove toneladas de doações para o Rio Grande do Sul, em parceria com os Correios. O caminhão, com destino à cidade

2024-06-15

Nessa quinta-feira (13), a Liga do Bem, grupo de voluntários do Senado Federal, enviou nove toneladas de doações para o Rio Grande do Sul, em parceria com os Correios. O caminhão, com destino à cidade de Pelotas (RS), está levando kits de higiene, roupas, medicamentos, material de limpeza, fraldas infantis e geriátricas, brinquedos e ração, entre outros itens, resultado da triagem feita durante todo o mês de maio e começo de junho. Ao todo, foram 207 toneladas de doações enviadas em seis remessas. Centenas de voluntários se revezaram, inclusive aos fins de semana, para receber, triar e preparar os envios.

A diretora-geral do Senado, Ilana Trombka, reforça que o sentimento de solidariedade deve continuar motivando o trabalho.

— A ajuda ao Rio Grande do Sul é necessária e não pode parar nesse momento. E a Liga do Bem continua o seu trabalho, estendendo e levando o abraço de Brasília e do Distrito Federal para todas e todos nossos irmãos do Sul — afirmou.

A coordenadora da Liga do Bem, Patrícia Seixas, explica que, agora, o grupo passará a direcionar o que já foi recebido e aguarda triagem para projetos parceiros.

— As necessidades do Rio Grande do Sul mudaram, e, neste momento, estamos estudando a melhor forma de continuar ajudando na reconstrução do estado — disse.

Contribuições que podem ser feitas via Pix pela chave apcnsocial@gmail.com.

Catástrofe
Alvo de um esforço nacional para reconstrução, o Rio Grande do Sul tem o desafio de reerguer sua infraestrutura com vistas a adaptar-se para novos eventos climáticos extremos. As enchentes atingiram diretamente mais de 2,3 milhões de pessoas no estado, obrigando mais de 600 mil a abandonarem suas casas. Ao mesmo tempo, a infraestrutura do estado foi severamente danificada, com destruição de estradas, pontes e alagamento até do aeroporto internacional de Porto Alegre. A proteção da capital para enchentes de nada adiantou.

Dados da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul apontam que 90% da indústria do estado foi atingida pelas cheias, de proporções inéditas. Ao mesmo tempo, houve perda de grande parte da safra e extensas áreas agricultáveis permanecem alagadas ou estão impróprias para o plantio. De acordo com a Associação Riograndense de Empreendimentos de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater/RS-Ascar), entre 30 de abril a 24 de maio, mais de 206 mil propriedades rurais foram afetadas pelas enchentes, com prejuízos em produção e infraestrutura. Será preciso recuperar mais de 3,2 milhões hectares de terras para cultivo afetadas pelas enchentes.

Os últimos dados da Defesa Civil do Rio Grande do Sul apontam 478 municípios afetados, 173 óbitos confirmados, 38 pessoas desaparecidas e 806 pessoas feridas.

Fonte: Agência Senado